30.9.03


ACERVO

Quando eu era mais nova, não exatamente adolescente, tinha o hábito de gravar video clipes. O tempo todo. São nove fitas VHS, cada uma com seis horas aproximadamente de gravação.

O critério utilizado era abrangente. Eu gravava um clipe porque gostava da banda. Ou da música. Da música e da banda. Do visual, mesmo achando a banda/música ruim. Porque aquilo me lembrava alguém ou alguma situação. Porque eu achava engraçado. Ou horrível.

Assim dá pra imaginar o mosaico bizarro que são estas fitas. E como é divertido assisti-las. Tem de tudo: REM, Deee-Lite, Iggy Pop, Beastie Boys convivendo sem a menor cerimônia.

Coisas legais tipo: Weird Al sacaneando o Nirvana, U2 com Night And Day, Candy, I Drove All Night (aquele video com o Brandon e a Jennifer Connelly!), Hunger Strike do Temple of the Dog, Everybody Hurts, a segunda versão do clipe de One, You Gotta Fight For Your Right To Party.

Clássicos da MTV anos 90 como: Epic e Falling To Pieces do Faith No More, Tainted Love, Being Boring, Right Here Right Now, Losing My Religion, Unbelieveable, I'm Free, More Than Words, Groove Is In The Heart, Do The Bartman, Freedom 90', Wasted Time, Ice Ice Baby, Patience.

Bizarrices maravilhosas: Careless Whisper do Wham! (o clipe mais cafona de todos os tempos!), Rush Rush da Paula Abdul, com o Keanu Reeves, I Started A Joke (aquela versão do FNM, do karaokê), I'm Too Sexy, I Will Survive com a Gloria Gaynor.

Lances ao vivo no SNL com Paul McCartney, Roy Orbison, Madonna, Foo Fighters, Pearl Jam. Eddie Vedder e Pete Towshend no Late Show, REM no Jay Leno, mais os acústicos de gente legal como Stone Temple Pilots, Oasis, REM, Alice In Chains.

Hoje isso tudo é ridiculamente fácil de encontrar na internet. Mas como eu sou antiga, gosto das fitinhas VHS e do som abafado. Tem toda uma graça.

29.9.03


30 ANOS

Lelela. Seis anos na minha frente, eu servia de boneca e aluna na escolinha de brincadeira. Assim ela me ensinou a escrever antes da tia do jardim. Sempre me incluiu nos jogos, porque eu era café-com-leite. Deixou suas Barbies de herança pra mim.

Lela. Não me mandava sair do quarto quando as amigas chegavam. Não implicava com as minhas quinquilharias de criança no quarto quando ela já era adolescente. Dormia na cama de baixo porque eu dormia na de cima.

Daninha. Insistia pra eu sair, deixar de ser uma adolescente anti-social. Trouxe o mocinho que viria a ser meu primeiro namorado em casa. Tentava me incluir no seu grupo de amigos, sempre que eu deixava. Sempre respeitou minhas manias. Mas sempre teve mais espaço no armário.

Dan. Cúmplice, conselheira, professora. Advogada, terninho, sapato de bico fino. Pessoa mais generosa que eu conheço. Nem casada se livrou de mim, a razão de nunca ter tido um quarto só dela. Mãe da Maria Cecilia. Mãe substituta da Rachel.



Esta é a minha irmã e hoje ela faz 30 anos. Eu amo a Lelela, a Lela, a Daninha, a Dan, a Daniela. E tenho que agradecê-la. Por tudo.

Obrigada.

27.9.03


DESCONSTRUINDO UM ÍDOLO INFANTIL

Quatro amigos conversando animadamente no carro de um deles. O tema da conversa: festas infantis.

Yael: O Carequinha animou uma festa minha quando era pequena!

Rach: Engraçado esse nome pra um palhaço, né? Cheio de duplo sentido.

Lia: Duplo sentido?

Daniell: Não entendi.

Yael: Qual é o duplo sentido?

Rach: Ah gente, tão óbvio: carequinha. Ainda mais se você pensar no que ele faz com aquela gola.

24.9.03


Ontem aconteceu uma incrível e animada sessão de Clube dos Cinco, lá pelas bandas do Leblon.

A platéia mais entusiasmada do Rio de Janeiro compareceu e deleitou-se com este ícone oitentista, em versão original.

Eu e Fli.

Dentro do ônibus, o controle da janela é de quem senta próximo a ela. Eu acho isso injusto.

Quem senta no corredor deveria ser consultado.

Seria muito mais democrático.

18.9.03


Todo mundo tem uma cara oficial de foto.

É aquela expressão que você faz toda vez que percebe uma câmera apontada na sua direção.

Alguns exemplos práticos:

Minha cara oficial de foto:



Cara oficial de foto do Gabrig:



Cara oficial de foto do Giglio:



Cara oficial de foto do Daniell:



Cada um tem a sua.

17.9.03


Sensação detestável quando você vê seu ônibus passando quando ainda está longe do ponto e não vai chegar a tempo de pegá-lo. Em compensação, sensação boa quando você acorda de madrugada achando que o despertador vai tocar dali a dois minutos e vê que ainda tem horas de sono pela frente.

16.9.03


Ela veio mas já foi. O Rio ficou chuvoso e friorento para recebê-la.

Sexta: Rio Sú + Lela's. Madonna, floquetes, lanches, sueca, tentativa de assassinato canino, lances legais.

Sábado: Pub + Fli's. Chuva, mau humor, pés, sex talk, floquetes caindo do céu, perder a Loud! em grupo, pândega, gente com água pelo peito e gravata no pescoço, mais lances legais.

Domingo: BG + Lela's. Faca de pão, fotos, chuva, timing, sofá, treze anos, lances muito legais.

E então ela foi mesmo. Com AI. Porque este foi o melhor fim de semana de muito tempo...

10.9.03


Ele está de volta. O mestre. Incomparável. É grande mas vale a pena.


A cumplicidade do automóvel

De longo tempo, a esta parte se vem dizendo, aliás muito justamente, que o automóvel deixou de ser veiculo de luxo, para tornar-se um instrumento de trabalho e de progresso. Um instrumento de civilização. Está certo. E é verdade.

Isso, entretanto, não impede que haja automóveis feitos especialmente para serem veículos de luxo. Não impede, igualmente, que o mesmo veiculo que, durante os dias úteis serve para o trabalho, venha a servir para outra coisa nos dias não-úteis - e também nas noites de todos os dias, úteis e inúteis. Essa "outra coisa", para a qual o automóvel serve, é o amor.

Está claro que, na grande maioria de casos assim, a môça que, depois de duas ou três horas de passeio, desce do citado carro, não é mais tão inexperiente como aquela que nele entrou - e que nunca mais ela será o que era antes.

Modernamente, a cumplicidade do automóvel se combinou com a cumplicidade da roupa feminina - da minissaia. Ninguém concebe que o môço que vai ao volante de um belo carro, e que tem ao seu lado uma jovem de minissaia a descobrir-lhe mais da metade das coxas, afaste de si a tentação de, no mínimo, bolina-la. Isso, no mínimo.

E ninguém concebe que não seja exatamente para originar essa tentação que a minissaia foi inventada - e é usada pelas mulheres. Minissaia e automóvel formam uma combinação poderosa. De tal ordem, que talvez não haja homem válido que, não lhe sinta a influência, nem mulher "animada" que não se submeta, gostosamente, aos efeitos de tal influência.

Aí está uma verdadeira conspiração contra a virgindade das môças - o que constitui, para elas, um sério percalço, desde que pretendam casar-se em paises sexualmente subdesenvolvidos, ou ainda em desenvolvimento. E aí está, igualmente, uma dificuldade de escolha, para os moços que, certa ou erradamente, não gostariam de casar-se com... órgãos sexuais femininos de segunda-mão...


Raul de Polillo

Se eu fosse como o Pequeno Príncipe e tivesse um planeta só meu, as leis básicas de comportamento seriam:

Lei I: Colocar-se no lugar das outras pessoas.

Lei II: Não fazer com os outros o que não quer que seja feito com você.

Lei III: Honestidade.

Lei IV: Tentar ver o lado bom das situações.

Simples assim.

8.9.03


360

As mesmas três bandas, o mesmo lugar, mesmo mês. Só o ano mudou, ganhou mais um.

As pessoas também, as mesmas. A diferença: os outrora desconhecidos hoje são amigos de verdade.

4.9.03


Homem honesto, inteligente, com senso de humor, amigo, confiável, gentil, bonito, eu costumo dizer que pertence a uma linhagem: os giglianos.



Exercitei o desapego e gastei meus (contados) reais pra ir ao show do Coldplay.

Na verdade eu não quero falar sobre música. Porque eu não entendo nada de música e todas as minhas preferências são baseadas na emoção. Como eu não tenho competência pra julgar a técnica, banda boa pra mim é banda que me emociona. Mas eu não quero falar sobre música.

Eu quero falar sobre a influência positiva que podemos sofrer de alguém. Eu fui apresentada às bandas britânicas genéricas por uma pessoa. Tá que eu já gostava de muitas delas sozinha, mas Coldplay, por exemplo, conheci tempos antes de ganhar fama por aqui.

E só conheci e gostei e virei fã porque essa pessoa me botou pra ouvir. Sim, porque nunca depende de mim ir atrás das novidades musicais. Simplesmente não tenho o faro. Deve ser porque música não é a coisa mais importante da minha vida. Não, eu ADORO música, dou MUITO valor pros meus discos, pras bandas e tudo. Mas eu não quero falar sobre música.

Não tenho o espírito de busca, o que NÃO significa que eu não possua gosto próprio. Pelo contrário. Mas aí eu teria que começar a falar de música.

Isso tudo pra dizer que, se não fosse essa pessoa que me mostrou Coldplay lá atrás, hoje o meu maior sonho romântico não seria que alguém um dia diga que quando escuta Green Eyes pensa em mim. O que prova que eu não estava falando de música.

3.9.03


Ô Ligelena, postar um negócios desses quando o Yaccs está fora do ar é muita sacanagem.

E de mim? E de mim??

2.9.03


BARBIE

A minha infância pode ser definida em uma palavra: Barbie.

Sempre foram meus objetos de desejo. Sempre exerceram um verdadeiro fascínio e influência, vide a minha predileção pelo rosa.

Barbie Amigos da Selva, Barbie Banho de Sol, Barbie Ciclista, Barbie Noiva, Barbie Rockstar. Diva, Lia, Skipper. Kens. Susie. Xuxinhas.

Até hoje elas existem, dentro do meu armário. Quase todas de cabelo Chanel e unhas pintadas de vermelho, explicando muita coisa.

Até hoje eu entro em lojas de brinquedo pra visitá-las.



Eu não visto a camisa à toa.

1.9.03




É sério.

Você está lá jogando uma partida animada de um jogo de tabuleiro qualquer.

Bem no meio da disputa, você joga os dados e cai naquela casa que diz RETORNE AO COMEÇO.

Dá vontade de abandonar o jogo.

WEEKEND UPDATE

London Burning Lanches foi diversão integral. O Adri é meu DJ preferido: ele toca Madonna e Pearl Jam. Ótimas "bandas"! Pena que perdi a primeira, deixei de prestigiar meu novo amigo.

Indo dormir às sete e pouco, uma convenção de tias me acordou apenas quatro horas depois.

Fui ver meu casal, resolvi ir na festa do Friendster assim de susto e ainda deu pra comprar ingresso mais barato. Mais, deu até pra ver outro casal que eu namoro. E viva a existência do Gabrig!

A festa claro que foi divertida. A Cinha estava lá e onde a Cinha está fica legal. E mais uma porção de gente que eu adoro.

Músicas toscas + Rach pulando compulsivamente + degrau = JOELHO ESQUERDO ROXO INCHADO DOENDO. De novo.

Aquela conversa de avó, aquela que diz que você só dá valor às coisas que perde, é uma grande verdade. Como eu sinto falta dos comentários. Yaccs, volta por favor.

Porque enquanto o Yaccs estiver fora do ar, eu não vou poder comentar piadas internas no blog da Cinha. Nem comentar da festa no blog da . Muito menos fazer coro com a Ligia. Ou dizer pra Lila que eu gosto de meia com sandália.

Já estou me vendo dando uma de Chandler Bing quando ele prometeu que não faria mais piadas, guardando os comentários apenas pra não perder o hábito. Porque o timing já foi.

Enfim, blogs sem comentários são como festa sem música.