27.11.03


Amigo. Amizade é uma idéia ampla. Pra isso há de se adotar uma categorização. Cada categoria tem que ter um nome e um conceito, uma definição.


Amigos Íntimos - São pessoas que se conhecem bem. O tempo de amizade não faz muita diferença, a intensidade do vínculo é que conta. Dividem pensamentos, problemas, alegrias, segredos, intenções, frustrações, piadas internas, intimidade. São capazes de perceber nas entrelinhas o que acontece com o outro.
Amigos - São pessoas que têm intimidade, mas não a ponto de dividir segredos e angústias. Costumam sair juntas, se vêem com regularidade, sabem como a vida do outro se estrutura.
Conhecidos - São pessoas que se conhecem socialmente. Encontram-se nos ambientes de lazer, mas não se falam no telefone, por exemplo. Podem ser amigos dos amigos também.
Colegas - São pessoas que dividem algum vinculo profissional ou estudam juntas e este é o principal ponto em comum entre elas.
Pessoas Oi-Tudo-Bem - São pessoas que sabem o nome uma da outra. Cumprimentam-se sempre e nunca vão além desta fase de conversação.

A mobilidade de pessoas entre as categorias é possível, estimulada e acontece o tempo todo. Não é um julgamento, é apenas uma questão de critério. Uma pessoa ser apenas sua conhecida não significa que você não gosta dela.

Pra tudo há de se adotar um critério, um conceito e um nome. Essas coisas fazem diferença, sim.

26.11.03


O trocadilho é bom demais pra eu ter cerimônia de copiar:



Vida de Citycol



A autoria é do mestre, claro. E a foto é da sua senhora.

Obrigada, crianças!

12.11.03

S� pra avisar que o meu PC morreu. Assim que ele voltar a viver e-barra-ou algum outro PC cair no meu colo, eu volto a postar.


Lista de atores cuja simples presença num filme garante a minha intenção de assisti-lo:

1. Hugh Grant;
2. John Cusack;
3. Ewan McGregor;
4. Tom Hanks;
5. Daniel Day-Lewis.

Ou seja: eu quero muito assistir Simplesmente Amor. Tem o Hugh Grant. E a Emma Thompson e o Alan Rickman, o Liam Neeson também. Tem até o Rodrigo Santoro (!).

Alguém? Alguém?

Note este flagrante:



Porque ele está sempre assim: A POSTOS. Cuidando de mim. Pronto pra me ajudar.

11.11.03


Esta semana eu desertei. Ainda não apareci na faculdade.

É de desânimo que estou falando. Ausência de motivação, interesse, perspectiva.

A Psicologia é linda, de fato. Mas não anda me empolgando nem despertando o meu interesse minimamente.

Angustiante.

Dia quatro de outubro de dois mil e um, uma Maria Cecilia foi embora.

Amanhecendo, umas cinco horas. Acordei com um susto e recebi a notícia. Ligaram do hospital, ela morreu. Levantei, abracei os que ficaram.

Fui me vestir, roupa branca. Precisava de alguma coisa dela perto de mim durante aquele que seria o dia mais longo da minha vida. Peguei um colar que ela fez. Nunca mais ele saiu de perto de mim, meu terço.

Ligações, choro. Mas sem desespero. Escolhi a roupa que ia vesti-la, branca como a minha. Parti pro hospital.

Naquela quinta-feira fez sol mas não calor. O hospital estava em festa, dia de São Francisco de Assis. Chegando, recebi flores e adesivos de Paz e Bem, que ficaram presos na camisa durante todo o dia e estão guardados até hoje.

Todas as providências de ordem prática foram tomadas. Voltei pra casa e avisei pessoas. Liguei pros amigos, pros parentes. Fui pro cemitério, aquele lugar que todo mundo evita sequer pensar que existe.

Uma tarde inteira de velório. Durante, eu conversei, abracei e fui abraçada, sorri pras pessoas que fizeram questão de ir até lá homenageá-la. No enterro eu não fui, já tinha me despedido, guardei uma pétala de flor que foi junto com ela.

Quando acabou já era início de noite. Ofereceram casas pra eu dormir aquela noite, mas eu não quis. Meu lugar era na minha casa, casa dela, nossa casa. Insisti pra que toda a família fosse pra casa dela, nossa casa, reunir-se e enfrentar a primeira noite sem que ela existisse.

Tios, primos, avó. Todos ficaram e depois foram embora pras suas casas. E nunca mais a vida foi igual.

Domingo de Páscoa deste ano. Meio da tarde, durante o almoço, o telefone tocou, sempre ele. Era a outra filha dela. Fui avisada que o bebê ia nascer. Não consegui mais raciocinar direito, tinha que correr pra chegar a tempo, de Teresópolis até Botafogo.

Arrumei a mala, peguei o ônibus. Na Avenida Brasil, mais uma vez o telefone me deu a notícia: ela nasceu! Corri mais ainda, gastei uma fortuna num táxi clandestino para conhecê-la no mesmo dia.

Consegui. A primeira vez que eu a vi ela estava na incubadora, chutando o ar e apertando a testa com toda a força. Chorei muito, de pura alegria e alívio.

Dia vinte de abril de dois mil e três, uma outra Maria Cecilia chegou.

Véspera de feriado?


10.11.03


Alguém tem uma sugestão pro nome de um cachorro?

5.11.03


COME BACK TO WHAT YOU KNOW

Adolescente anti-social, eu não gostava de sair, era extremamente caseira. Assim, desenvolvi um hábito: durante as férias, alugava dois filmes por dia. O fornecedor pro meu vicio: Paradise Video.

Eu fazia listas com os filmes que queria assistir e meu pai ia buscar. Porque eu não fazia questão de ir até a locadora. O moço que o atendia gostava das minhas escolhas. E começou a me mandar sugestões, mesmo sem me conhecer.

Até que eu passei a ir buscar os videos e conheci o moço. O Marcio acertava sempre nas sugestões. Foi através dele que eu conheci Ang Lee e o Banquete de Casamento. Seis Graus de Separação. Caindo na Real, aquele filminho gostosinho do Ben Stiller. Irmãos McMullen. Enfim, ele NUNCA errou, sabia exatamente do que eu ia gostar.

eu ganhei uma locação grátis porque sabia o modelo do carro de Thelma & Louise. Ganhei ímã do James Dean em Giant. Ganhei e troquei muito falando dos filmes...

Então que eu me mudei e fazia cinco anos que não ia . Ontem, passando por perto pra fazer outra coisa, resolvi entrar. Do fundo da loja, fui reconhecida pelo Marcio. Anos a mais, quilos a menos. Deu uma saudade boa e vontade de restaurar o vínculo. E de voltar a assistir tanto filme.

Na saída, comprei um saco de pipoca. Em homenagem ao cinema americano, que eu gosto, sim.

Não existe SÁBADO que não possa ser superado por uma TERÇA-FEIRA.

4.11.03


PROMISE TO TRY

Little girl don't you forget her face
Laughing away your tears
When she was the one who felt all the pain

Little girl never forget her eyes
Keep them alive inside
I promise to try -- it's not the same

Keep your head held high -- ride like the wind
Never look behind, life isn't fair
That's what you said, so I try not to care

Little girl don't run away so fast
I think you forgot to kiss -- kiss her goodbye

Will she see me cry when I stumble and fall
Does she hear my voice in the night when I call
Wipe away all your tears, it's gonna be all right

I fought to be so strong, I guess you knew
I was afraid you'd go away, too

Little girl you've got to forget the past
And learn to forgive me
I promise to try -- but it feels like a lie

Don't let memory play games with your mind
She's a faded smile frozen in time
I'm still hanging on -- but I'm doing it wrong
Can't kiss her goodbye -- but I promise to try



Porque é no cotidiano que você percebe o quanto é difícil.

3.11.03


Hipocondríaco, estressado, safenado.

Will you still need me, will you still feed me,
When I'm sixty-four?


Sensível, simples, sortudo.

Will you still need me, will you still feed me,
When I'm sixty-four?


Dramático, emotivo, piadista.

Will you still need me, will you still feed me,
When I'm sixty-four?


Vascaíno, avô, pai.

Will you still need me, will you still feed me,
When I'm sixty-four?




Sempre.