14.4.03


DID�TICA DA EDUCA��O SEXUAL � A S�RIE

Voc�s pediram. � extenso, mas vale a pena.


A dor e o g�zo como emotividade er�tica

�Bate-me, querido! Machuca-me bastante, meu amor! Assim!...�

Dezenas e dezenas de homens, nas suas rela��es sexuais, j� ouviram estas frases, ou frases semelhantes a estas, proferidas por mulheres de corpo ansioso, l�bios tr�mulos e alma tensa, como que em estado de agonia.

Alguns d�sses homens, por serem maus amantes, ou por n�o possu�rem experi�ncia, n�o se portam, nessa hora, com a necess�ria complac�ncia, atendendo ao pedido ag�nico. � poss�vel at� que, surpr�sos, se sintam chocados pelo inesperado da solicita��o desesperada da mulher. Outros, os homens experientes e, portanto, bons amantes, nem se chocam, nem se surpreendem, nem hesitam. Atendem ao pedido da mulher, nesse momento terr�vel que � o ponto culminante do ato sexual. Ent�o a mulher atinge o pin�culo do orgasmo, numa explos�o de magn�fica de g�zo e de felicidade.

O caso explica-se. Por qualquer circunst�ncia misteriosa, talvez at�vica, talvez neur�tica, certas mulheres n�o conseguem chegar � culmin�ncia do prazer sexual, por meio do simples abra�o masculino, conjugado com a simples penetra��o do �rg�o sexual masculino no seu corpo. Isso independe das propor��es d�sse �rg�o, como tamb�m independe da habilidade amorat�ria do homem. Nessa hip�tese, a mulher como que precisa de uma emotividade paralela � emotividade do sexo. Precisa de um ref�r�o. De uma sacudida. De um impulso de viol�ncia � de carinhosa viol�ncia � para disparar o tiro; para fazer eclodir a carga de �nsia sexual; e para descarregar a tens�o ag�nica, numa apoteose de g�zo.

Em epis�dios desta ordem, n�o h� pervers�o masoquista, por parte da mulher. H� somente necessidade, digamos, de um empurr�o adicional, para que seu g�zo se precipite gloriosamente ladeira abaixo � ou dispare furiosamente c�us acima. E o homem precisa compreender isto. Precisa compreender que a dor, ocasionada no momento certo, � uma esp�cie de emotividade adicional, complementar � indispens�vel para o remate feliz do ato sexual, no organismo da mulher. A falta desta simples compreens�o, por parte do homem, tem feito a infelicidade de muita mulher, e provocando o desmoronamento de muito matrim�nio.

O g�zo pode ter � e muitas v�zes tem, mesmo � como complemento, um �timo de dor � �timo �ste que atua como se f�ra um gatilho, nesse mecanismo complexo e delicado que � o aparelho sexual da mulher. E � importante compreender isto!


Raul de Polillo

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