28.10.03


DA PRÁTICA DE JOGAR

Eu não jogo. Cartas, tabuleiro, video game - nenhum tipo. Quem convive comigo sabe. Aí entra o questionamento esperado: mas por quê?

Então eu explico. O problema não é perder. Perder faz parte, eu não ligo de perder. Perder eu sei, o que eu não sei é ERRAR. Sim, porque é completamente diferente.

Também não tem a ver com errar na frente das outras pessoas. Eu não jogo nada, nem sozinha. E este é o ponto principal: EU NÃO JOGO PORQUE NÃO SEI ERRAR.

Lógico que a competitividade das outras pessoas também me irrita. Eu não acho a menor graça em quem perde a noção durante um jogo. Xinga o melhor amigo e depois pede desculpa. Mas isso eu até relevo.

Aqui entra o momento flashback: durante anos eu joguei, como uma pessoa normal. Foi assim que eu percebi que, mesmo quando eu ganhava, ficava me consumindo com qualquer bobagem que eu tivesse feito durante o jogo.

Como isso me fazia mal, eu tomei a decisão de NÃO JOGAR. Nunca mais, nenhum tipo de jogo, mesmo que tenha ímpetos de participação. Simples assim.

PROMETO que depois de uns seis anos de análise eu resolverei este impedimento da minha personalidade e jogarei irrestritamente com todos os amigos.

Por enquanto, eu não jogo. Porque pra mim não é divertido.

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