6.4.03


DID�TICA DA EDUCA��O SEXUAL � III

A cumplicidade do Autom�vel

De longo tempo a esta parte se vem dizendo, ali�s muito justamente, que o autom�vel deixou de ser ve�culo de luxo, para tornar-se um instrumento de trabalho e de progresso. Um instrumento de civiliza��o. Est� certo. E � verdade.

Isso, entretanto, n�o impede que haja autom�veis feitos especialmente para serem ve�culos de luxo. N�o impede, igualmente, que o mesmo ve�culo que, durante os dias �teis serve para o trabalho, venha a servir para outra coisa nos dias n�o-�teis � e tamb�m nas noites de todos os dias, �teis e in�teis. Essa �outra coisa�, para a qual o autom�vel serve, � o amor.

M��as h� que n�o concebem nam�ro, a n�o ser com m��o que lhe apare�a de autom�vel. N�o h� m��a que, tendo um namorado possuidor de autom�vel, n�o olhe, como que de cima para baixo, para as m��as suas vizinhas que n�o t�m namorado com autom�vel, e que, ao mesmo tempo, deixe de inspirar inveja.

Est� claro que, na grande maioria de casos assim, a m��a que, depois de duas ou tr�s horas de passeio, desce do citado carro, n�o � mais t�o inexperiente como aquela que n�le entrou � que nunca mais ela ser� o que era antes.

Ningu�m concebe que o m��o que vai ao volante de um belo carro, e que tem ao seu lado uma jovem de minissaia a descobrir-lhe mais da metade das coxas, afaste de si a tenta��o de, no m�nimo, bolin�-la. Isso, no m�nimo.

A� est� uma verdadeira conspira��o contra a virgindade das mo�as. E a� est� uma dificuldade de escolha, para os m��os que, certa ou erradamente, n�o gostariam de casar-se com... �rg�os sexuais femininos de segunda-m�o...


Raul de Polillo

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